segunda-feira, 28 de junho de 2010

Imagina o que se sucede em momentos fugazes de inspiração..enquanto se fuma um cigarro.

Ser livre quando as coisas passam,
Ser grave quando tudo muda.
Ser alvo quando alguém te amassa,
Ser fuga...

Impressionante, até se define matematicamente, por definição!

A fugacidade fi* de um componente puro i, à temperatura absoluta, T:

dGi* = RTd lnfi*

Agora derivem...



I don't have to leave anymore
What I have is right here
Spend my nights and days before
Searching the world for what's right here

Underneath and unexplored
Islands and cities I have looked
Here I saw
Something I couldn't over look

I am yours now
So now I don't ever have to leave
I've been found out
So now I'll never explore

See what I've done
That bridge is on fire
Going back to where I've been
I'm froze by desire
No need to leave

Where would I be
If this were to go under
It's a risk I'd take
I'm froze by desire
As if a choice I'd make

I am yours now
So now I don't ever have to leave
I've been found out
So now I'll never explore
Longing for this feeling...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

«Isto lembra uma tristeza, e a lembrança é que entristece.»



Vaga, no azul amplo solta,

Vai uma nuvem errando.

O meu passado não volta.

Não é o que estou chorando.

O que choro é diferente.

Entra mais na alma da alma.

Mas como, no céu sem gente,

A nuvem flutua calma,

E isto lembra uma tristeza

E a lembrança é que entristece,

Dou à saudade a riqueza

De emoção que a hora tece.

Mas, em verdade, o que chora

Na minha amarga ansiedade

Mais alto que a nuvem mora,

Está para além da saudade.

Não sei o que é nem consinto

À alma que o saiba bem

Visto da dor com que minto

Dor que a minha alma tem.


Fernando Pessoa


Como me sinto, agora, hoje.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Simplesmente Notável


Era uma vez um rei que fez promessas de levantar um convento em Mafra, um soldado maneta, uma mulher que tinha poderes, e um padre que queria voar numa Passarola e que morreu doido;

Era uma vez Jesus, que disse a Maria Magdalena - “quero estar onde a minha sombra estiver, se lá é que estiverem os teus olhos”;

Era uma vez um cão que lambeu as lágrimas a uma mulher desesperada num mundo de cegos, desejando também cegar para ser poupada aos horrores que a vista lhe trazia;

Era uma vez a morte, que tinha um plano e que o cumpriu – abraçou-se ao homem sem que ele compreendesse o que lhe estava a suceder, e ela, a morte, que nunca dormia, deixou descair suavemente as pálpebras enquanto adormecia; no dia seguinte, ninguém morreu.

Era uma vez um homem, que quando morreu, partiram duas pessoas: saiu ele, de mão dada com a criança que foi – tal como o próprio José Saramago previu, nas suas próprias palavras.

Era uma vez e tantas outras vezes, o respeito à Terra e aos homens, a luta contra as injustiças, a defesa dos direitos humanos, a denúncia contra a guerra do Iraque ou contra a ocupação palestiniana, as causas dos Sem Terra, do movimento anti-globalizante, da preservação do ambiente, ou do anti-clericalismo desassombrado.

Estas e tantas outras, foram as histórias que o ateu místico, religioso laico, interrogador de Deus e dos homens, José Saramago, “comunista hormonal” nas suas próprias palavras, questionou Portugal e o mundo incessantemente, directa ou metaforicamente.

A liberdade do pensamento define o criador: Saramago foi voz lúcida, inconformada, firme, insubmissa na luta contra a desigualdade entre os homens – esta sim “a verdadeira miséria”, como ele dizia.

Parte da imensa receptividade que as suas obras têm merecido em todo o mundo, e que a atribuição do Nobel cimentou e glorificou, deve-se a esse carácter humanista, à esperança que a sua obra impõe ao Homem.

Recebeu o Prémio Nobel da Literatura «...pela sua capacidade de tornar compreensível uma realidade fugidia, com parábolas sustentadas pela imaginação, pela compaixão e pela ironia...», segundo a Academia Sueca.

Fiel ao seu compromisso com a consciência, usou a escrita para uma reflexão sobre as grandes causas da humanidade, edificando uma obra coerente, ousada, sólida, moldada pela ética, visando, sempre, a dignificação do Homem.

E fê-lo por vezes subvertendo normas - quer de narrativa (o seu estilo é inconfundível, nas suas frases longas e de pontuação singular), quer enfrentando dogmas - não tinha fé em Deus, mas se ele existe, certamente Deus teve fé nele.

Para ele a escrita, enquanto forma de expressão do pensamento e de intervenção intelectual, foi instrumento, foi arma, foi agente provocador e plataforma de interrogação permanente do indivíduo e da sociedade.

Com a sua actividade cívica aliada à criação literária, cumpriu aquilo que é mais caro aos criadores e aos artistas – conseguiu com a sua obra fazer pensar os destinatários, perturbar os conformados, incomodar as consciências e aguçar a lucidez.

Deixa a Fundação José Saramago, à qual se dedicará a companheira e musa da sua vida, Pilar Del Rio, força inabalável que foi determinante na sua alma e na sua obra, a quem também prestamos aqui homenagem. Fundação José Saramago que assume, entre os seus objectivos principais, a defesa e a divulgação da literatura contemporânea, a defesa e a exigência de cumprimento da Carta dos Direitos Humanos e o cuidado do meio ambiente.

Enquanto escritor português, José Saramago deu um incontestável contributo para a afirmação e difusão da Língua Portuguesa, para a divulgação da Literatura Portuguesa e para a união do mundo lusófono. Embaixador da cultura portuguesa no mundo, a influência da sua obra estendeu-se a um amplo espectro de outras expressões artísticas - na ópera, no cinema, nas artes visuais, sublinhando a universalidade da sua linguagem.

A Literatura Portuguesa, as Literaturas em Português, com Saramago, adquiriram ressonância internacional e prestígio global, pela universalidade das questões que o Escritor agarra e reflecte com tenacidade e vigor, e pelo génio sísmico com que as dá a ler, a pensar, através da sua escrita.

Portugal homenageia hoje o homem, simples, sensível e corajoso;
Portugal celebra em Saramago, a sua humanidade, grandeza e universalidade;
Portugal orgulha-se do Escritor e engrandece-se com a sua obra, poliédrica, ímpar e seminal.

Portugal agradece, sentida e sinceramente, o encontro mágico de Saramago com a Literatura, e o lugar único e perene que José Saramago ocupará para sempre na Literatura e na Cultura do mundo.

Como escreveu ontem um amigo a Pilar, - Não há palavras. Saramago levou-as todas…

Obrigada José Saramago.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Le Marais




Duas noites consecutivas no local que me tem vindo a adornar o stress diário com um pouco ócio e bons vinhos: Mouton Cadet, Sauvignon e Chardonay...mas nada melhor que o predilecto Rosé. Hoje acompanhado com un petit gateau divinal e tamanha simpatia que achei por bem deixar registada a situação como, digamos, Ode...

Save up all the days
A routine malaise
Just like yesterday
I told you I would stay

This was so Pseudo I amazed myself!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sweet Dis-po-sition


Sweet disposition

Never too soon

Oh reckless abandon,
Like no one's watching you

A moment

A love


A dream




A laugh



A kiss



A cry



Our rights, our wrongs


A moment, a love
A dream, a laugh
A moment, a love
A dream, a laugh

Just stay there
Cause I'll be comin' over
While our bloods still young
It's so young, it runs
Won't stop til it's over
Won't stop to you surrender

Songs of desperation
I played them for you



Os benefícios da Complexidade


A complexidade traz-nos muitos benefícios...

Maior satisfação. A criatividade, a flexibilidade e inovação são maximizadas.

A adaptação continua a variações da vida torna-se simple(r).